Em um mundo cada vez mais tecnológico, a segurança digital é um tema que tem estado frequentemente em pauta. A nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assim como Provimento 74, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), vêm para corroborar esta necessidade, uma vez que ninguém está imune aos constantes vazamentos de dados, seja pela negligência de empresas detentoras de informações pessoais ou pela falta de segurança de determinados sistemas, que facilitam a invasão de hackers.

Recentes acontecimentos, como o que ficou conhecido como Vaza Jato, por expor mensagens trocadas pelo então juiz Sérgio Moro com o procurador da República Deltan Dallagol sobre operações da Lava Jato, assim como o vazamento de dados de usuários do Facebook, são exemplos de como o vazamento de informação pode atingir proporções mundiais e causar abalos a empresas e usuários de serviços digitais.

Com isso, muitas organizações têm criado projetos de segurança digital com pesquisas para programas antihackers e orientações internas de como gerenciar documentos de forma segura. Além disso, é possível lançar mão de softwares e ferramentas que vão aumentar o nível de proteção das informações armazenadas no sistema.

Os firewalls e os antivírus, por exemplo, são importantes ferramentas para a proteção digital. O firewall é um software ou hardware que protege uma rede privada de computadores de acessos não autorizados, além de bloquear tráfego de dados indesejados. Dessa forma, ele impede uma série de ações maliciosas, como a de malwares, software que se infiltra no sistema de um computador de forma ilícita e causa danos.

Já os antivírus são programas que conseguem prevenir, detectar e eliminar o vírus de um computador. Embora existam versões gratuitas e pagas, as pagas possuem camadas superiores de proteção em relação às gratuitas. Outra ferramenta que auxilia bastante a proteger as informações armazenadas no sistema dos cartórios é o antispyware, programas que impedem pop-ups, o desempenho lento e ameaças de segurança.

Há também o sistema de criptografia. Técnica que esconde informações de usuários não autorizados. Isso significa que, no caso de um hacker invadir o sistema, ele verá a mensagem de forma desordenada, ilegível e nunca inteira. Atualmente, os dois protocolos mais usados para proteção de dados na Internet são o SSL (Secure Sockets Layer) e o TLS (Transport Layer Security).

Além dessas ferramentas, os usuários dos sistemas também devem ficar atentos ao recebimento de mensagens não solicitadas que peçam informações pessoais ou download de arquivos. Não utilizar senhas fáceis de serem reproduzidas ou relacionadas ao usuário, como data de aniversário ou de pessoas próximas. Procure criar senhas aleatórias, que misturem letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Tomando esses cuidados, as informações e dados armazenados no cartório estarão sempre seguros.

*Joelson Sell é sócio e fundador da Escriba, além de Diretor de Negócios, Expansão e Marketing da empresa.

Fonte: Escriba