Na programação do segundo dia do evento “RI Talks: Reflexões para o Futuro do Registro de Imóveis”, ocorrido na última sexta-feira (23), a evolução tecnológica seguiu sendo tema relevante entre os palestrantes. A temática intitulada “Novas atribuições ao Registro ou melhores soluções para velhos problemas?” foi apresentada por Antônio Carlos Alves Braga Júnior, desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ/SP).
Ao abordar o assunto, Braga destacou que “nós, enquanto sociedade, tendemos a superestimar o que é possível fazer em três anos e subestimar o que se dará em 10 anos”. Além disso, o palestrante trouxe contribuições importantes sobre a transformação digital que ocorre atualmente. Entre elas, que o governo federal entende a necessidade de migrar, em poucos anos, os ofícios públicos para a forma digital – exemplificando com o “Portal Poupatempo”, serviço oferecido no estado de São Paulo, que propõe antecipar várias demandas da sociedade.
A respeito de Justiça digital, o desembargador destacou que o processo realizado de maneira digital dura 30% menos tempo do que um processo físico e que isso é “uma grande revolução”.
Trazendo outro tópico para discussão, Braga levantou a pauta sobre bancos digitais, comentando que “o Brasil é pioneiro em automação bancária, algo por necessidade e fez considerações sobre a tendência dos bancos tradicionais de migrarem seus atendimentos para a forma virtual, por meio de aplicativos e serviços digitais. Explicou, também, sobre as criptomoedas e suas emissões, que já estão sendo realizadas por bancos e até mesmo pelo governo federal. Além disso, a tendência de que as pessoas estão em busca de adquirir menos bens materiais e mais experiências, bem como seus impactos para o registro de imóveis, também foi fomentado pelo convidado.
Refletindo sobre o debate da palestra, o participante Marcos Pascolat, oficial do 4º Cartório de Registro de Imóveis de Maringá, compartilhou sua opinião – elogiando o evento pela iniciativa e reforçando a importância da pauta discutida por Braga. Para o registrador, “o tema é muito pertinente e muito atual, porque a demanda pela modernização, pelo atendimento mais qualificado é uma questão urgente”. “Os assuntos que estão sendo debatidos aqui são de extrema importância para a nossa classe e para a nossa sobrevivência”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa